terça-feira, 29 de setembro de 2009

Notícia Extraordinária para os Téc. Imob. Ortopedica



NOTÍCIA EXTRAORDINÁRIA

Aconteceu - 04/09/2008 13h36
Câmara aprova regulamentação para técnico em gesso.

Gilberto Nascimento Sandro Mabel:
cursos terão de ser reconhecidos pelo poder público e devem durar, no mínimo, dois anos.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta terça-feira (2) o substitutivo do deputado Sandro Mabel (PR-GO) ao Projeto de Lei 1681/99, que regulamenta a profissão de técnico em imobilização ortopédica, também conhecido como técnico em gesso hospitalar. Como o texto tramitou em caráter conclusivo, será remetido agora ao Senado. A proposta original é de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).Segundo o relator, o substitutivo foi apresentado para corrigir erros de técnica legislativa e algumas incorreções legais. O texto aprovado na CCJ detalha as atividades que poderão ser executadas pelos técnicos em imobilização, como confecção e retirada de gessos, faixas e trações. Determina ainda que o profissional deverá ter o segundo grau completo e formação específica de, no mínimo, dois anos. Atualmente é comum encontrar cursos com duração inferior.
A jornada de trabalho será definida pelas convenções trabalhistas celebradas entre o sindicato e os representantes dos hospitais e clínicas.CursosO substitutivo disciplina também o funcionamento das escolas de formação dos técnicos, que deverão ser reconhecidas pelo poder público, ter instalações satisfatórias para ministrar as aulas teóricas e práticas, e possuir corpo docente qualificado. Os professores serão coordenados por um médico ortopedista e por um técnico em imobilização ortopédica. As escolas emitirão os diplomas de habilitação profissional, que terão validade em todo o País.Para ter acesso ao curso, o interessado deverá ser aprovado no exame de saúde previsto no parágrafo único do artigo 46 do Decreto 29.155/51. Com isso, fica proibida a admissão de pessoas com pele seca, com tendência a fissuras, e com problemas de visão não corrigíveis por lentes.Íntegra da proposta: - PL-1681/1999 Notícias anteriores: Trabalho aprova profissão de técnico em imobilização
Reportagem - Janary JúniorEdição - Natalia Doederlein
Agência CâmaraTel. (61) 3216.1851/3216.1852Fax. (61) 3216.1856E-mail: mailto:%3Cspan Alô Alô, técnicos de imobilização ortopédica em todo o pais, aprovamos o nosso projeto de Lei 1681/99 por unanimidade na câmara dos deputados na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). Agradecemos ao deputado Arnaldo Faria de Sá pelo empenho da nossa causa, esse e mais um grande feito desse atuante parlamentar defensor das causas sociais.
Essa é mais uma grande vitória da ASTEGO e de toda a categoria.

Apartir de 09/09/2008 nosso Projeto de Lei Federal 1681/99 que dispõe da nossa regulamentação profissional, vai ser encaminhado ao Senado Federal para aprovação.
O tempo de tramitação no Senado é de 180 (cento e oitenta) dias.
Posteriormente será encaminhado ao poder Executivo, o Presidente da República tem 15 (quinze) dias para sancionar ou vetar nosso projeto.
Esse período é extremamente delicado que requer muita UNIÃO, MANIFESTAÇÃO e ORAÇÃO para que tenhamos êxito nessa fase conclusiva.

PARABÉNS COMPANHEIROS (AS) PELA CONQUISTA, UNIDOS SEREMOS FORTES,


Um abraço fraternal,

Aylton Reis
Presidente Nacional da ASTEGO

Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim;
por isso que ele está à minha mão direita, e nunca vacilarei.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Profissionais Técnicos de Imobilizações Ortopedica

Técnicos em imobilização ortopédica pedeminclusão no dissídio do Sinsaudesp
Em reunião realizada na sede central, na última semana, o presidente da Astego, Aylton Fernandes dos Reis, levou aos diretores do Sinsaudesp o pedido de inclusão desses profissionais da saúde no dissídio da categoria a ser negociado no próximo ano com os sindicatos patronais. Foi solicitada ainda pelo dirigente da Astego a iserção de itens específicos, como piso salarial de R$ 1.200,00, 20% de adicional noturno, além da obrigatoriedade de cursos reconhecidos, com carga horária de 690 horas e, após a conclusão, credenciamento na Astego ou Sinsaudesp. Que fique convencionado que a representação dos técnicos em imobilização ortopédica seja de exclusividade do Sinsaudesp.
As cláusulas específicas serão também complementadas com a garantia de todos os itens da convenção coletiva do Sinsaudesp, como cesta básica, auxílio-creche, estabilidade às vésperas da aposentadoria, entre outros. Participaram da reunião com o dirigente da Astego os seguintes diretores do Sinsaudesp: Dr. Joaquim José da Silva Filho, secretário-geral, Dr. José Sousa da Silva, vice-presidente, Ademar de Barros Bezerra, diretor de Relações Públicas, Milton Gomes da Silva, diretor de Cultura e Geraldo Isidoro de Santana, 2º vice-presidente.

Títulos
3226 - 05 Técnico de imobilização ortopédica - Técnico em aparelho gessado, Técnico em gesso
hospitalar, Técnico em gesso ortopédico, Técnico em imobilizações do aparelho locomotor, Técnico em imobilizações gessadas, Técnico engessador, Técnico gessista
Técnicos de imobilizações ortopédicas
Descrição sumária
Confeccionam e retiram aparelhos gessados, talas gessadas (goteiras, calhas) e enfaixamentos com uso de material convencional e sintético (resina de fibra de vidro). Executam imobilizações com uso de esparadrapo e talas digitais (imobilizações para os dedos). Preparam e executam trações cutâneas, auxiliam o médico ortopedista na instalação de trações esqueléticas e nas manobras de redução manual.Podem preparar sala para pequenos procedimentos fora do centro cirúrgico, como pequenas suturas e
anestesia local para manobras de redução manual, punções e infiltrações. Comunicam-se oralmente e por escrito, com os usuários e profissionais de saúde.
Formação e experiência
O exercício da ocupação requer ensino de nível médio, mais curso de profissionalização de duzentas a quatrocentas horas-aula. Em geral, esses profissionais apresentam longo aprendizado no próprio emprego. A exigência de escolaridade ocorre para aqueles que estiverem ingressando no mercado e sem experiência anterior comprovada, que pode variar de um a dois anos. A formação profissional específica para técnico em imobilização ortopédica é recente.
Condições gerais de exercício
Trabalham em hospitais, postos de saúde, clínicas e empresas ligadas à saúde e ou serviço social.
Trabalham individualmente ou junto a equipes médicas, com supervisão permanente de médicos. São assalariados, com carteira assinada, que trabalham em horários diurnos, noturnos e em rodízio de turnos. Em algumas vezes, são expostos a material tóxico e ruído intenso, dependendo da atividade exercida.
Esta família não compreende
3222 - Técnicos e auxiliares de enfermagem
Código internacional CIUO 88:
3229 - Profesionales de nivel medio de la medicina moderna y la salud (excepto el personal de enfermería y partería), no clasificados bajo otros epígrafes
3226
ORGANIZAR A SALA DE IMOBILIZAÇÕES
Verificar a existência do equipamento
Avaliar as condições de uso do material e instrumental
Estimar a quantidade de material a ser utilizado
Acondicionar o material
Controlar estoque
Providenciar a limpeza da sala

PREPARAR O PACIENTE E O PROCEDIMENTO
Recepcionar o paciente
Autorizar ou não a entrada de acompanhante
Analisar o tipo de imobilização com base na prescrição médica
Verificar alergias do paciente aos materiais
Certificar-se, com o paciente, sobre o local a ser imobilizado
Verificar condições da área a ser imobilizada
Confirmar a prescrição com o médico
Liberar a área a ser imobilizada de anéis e outros ornamentos
Efetuar a assepsia do local a ser imobilizado
Posicionar o paciente
Proteger a integridade física do paciente
Proteger o paciente com biombo, lençol,
avental, cortina e outros


CONFECCIONAR A IMOBILIZAÇÃO
Confeccionar aparelhos de imobilização com materiais sintéticos
Confeccionar tala metálica
Confeccionar aparelhos gessados circulares
Confeccionar esparadrapagem
Confeccionar goteiras gessadas
Confeccionar enfaixamentos
Confeccionar trações cutâneas
Confeccionar colar cervical
Remover resíduos de gesso do paciente
Encaminhar o paciente ao médico para avaliação da imobilização

RETIRAR A IMOBILIZAÇÃO
Bivalvar o aparelho gessado
Remover tala e ou goteira gessada
Cortar aparelho gessado com cizalha
Retirar aparelho gessado com serra elétrica vibratória
Retirar aparelho gessado com bisturi ortopédico
Remover aparelho sintético
Remover enfaixamentos
Remover talas metálicas

REALIZAR PROCEDIMENTOS ADICIONAIS
Auxiliar o médico ortopedista nas reduções e trações esqueléticas
Auxiliar o médico ortopedista em imobilizações no centro cirúrgico
Preparar material e instrumental para procedimentos médicos
Fender o aparelho gessado
Frisar o aparelho gessado
Abrir janela no aparelho gessado
Preparar modelagem de coto
Confirmar a integridade das imobilizações dos pacientes internados
Reforçar aparelho gessado
Colocar salto ortopédico

TRABALHAR COM SEGURANÇA
Usar EPI (luvas, máscara, avental, óculos e protetor auricular)
Armazenar material pérfuro-cortante para descarte
Manter postura ergonômica
Precaver-se contra efeitos adversos dosprodutos
Manter o ambiente arejado
Tomar vacinas
Submeter-se a exames médicos periódicos
Verificar a suficiência de espaço físico na sala de imobilização

COMUNICAR-SE
Ler a prescrição médica
Saber ouvir
Orientar o paciente sobre o uso e conservação da imobilização
Dialogar tecnicamente com os profissionais das várias áreas de saúde
Explicar ao paciente o procedimento de retirada do aparelho gessado
Registrar informações técnicas
Registrar relatório de plantão
Relatar ao médico queixas do paciente
Instruir o responsável sobre a retirada de aparelho gessado de pé torto congênito
Informar ao médico as condições da área a ser imobilizada
Solicitar material de almoxarifado, lavanderia, farmácia e centro cirúrgico


DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS
Trabalhar em equipe
Supervisionar equipe
Demonstrar paciência
Mostrar discernimento
Prestar primeiros socorros
Revelar senso estético
Demonstrar auto-confiança
Exibir cordialidade
Trabalhar com ética profissional
Exercitar iniciativa
Atualizar-se profissionalmente
Cuidar da aparência pessoal
Demonstrar respeito na relação com o paciente
Atentar para as condições psicológicas do paciente e do acompanhante
Zelar pela organização da sala

Recursos de Trabalho:
Afastador;
Ataduras gessadas de crepom
Algodão ortopédico;
Bico de pato;
Cizalha;
Divã clínico;
Férulas ortopédicas;
Malhas tubulares;
Mesas ortopédicas (auxiliar, de tração);
Serra elétrica vibratória;
Tesouras ortopédicas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Enfaixamento para tornozelo


Colar cervical


esparadrapagem


Tala metálica


Goteira gessada axilo palmar


Goteira gessada pendente, pinça de confeiteiro


Goteira gessada antebraquio palmar


Goteira gessada antebraço em garrafa


Goteira gessada ingno podálica


Goteira gessada suro podálica


Goteira gessada ingno maleolar


Anestesia



********************************AnestesiaCom relaçao à anestesia, existe um período de jejum, muito contestado pela maioria dos pacientes,que varia de 6 a 8 horas antes da cirurgia. A explicação está no fato de que o paciente, ao ser submetido a indução anestésica, perda um pouco o nível de consciência, podendo evoluir com o que chamamos de broncoaspiração, que nada mais é do que o refluxo do conteúdo gástrico para laringe, cursando com a entrada do mesmo na árvore brônquica. Tal complicação pode resultar em uma patologia muito grave e que leva o paciente a ter necessidades de cuidados intensivos, chamada Pneumonia Aspirativa.Portanto, acredito que é bem melhor manter o jejum, apesar do incômodo!!!
Quanto a escolha pela técnica anestésica a ser empregada, cabe ao anestesiologista a decisão, porém a mais utilizada e a Raquianestesia, que bloqueia as estruturas nervosas abaixo da linha da cintura, por um período de 2 a 3 horas. Pode-se ainda associar a sedação, porém essa escolha cabe ao paciente, uma vez que a cirurgia pode ser assistida pelo mesmo na tela do monitor, em tempo real.

Degradação da cartilagem do joelho, artrose de grau avançado

As diferenças entre Artrose e Artrite.
Essa seja talvez uma das maiores dúvidas presentes em quaisquer ambulatórios de Ortopedia, motivo de grande confusão quando o assunto é tentar compreender seus conceitos e sua fisiopatogenia. Por isso, espero esclarecer tais dúvidas com essa explicação rápida.
A artrite é um processo inflamatório - específico ou inespecífico - da membrana que reveste a articulação, chamada membrana sinovial. Isso resulta em dor e edema articulares, além de grande impotência funcional. Pode ser causada por uso excessivo, como quando acontece nos exercícios físicos em excesso ou feitos sem orientação (artrite traumática transitória) ou por processos infecciosos, por agentes inoculados no foco articular ou a distância. Necessita de tratamento imediato e normalmente responde rápido a intervenção médica.
As artroses articulares são resultantes de um desgaste progressivo e crônico da cartilagem que reveste a face articular dos ossos, resultando em dor crônica, creptação difusa aos movimentos e também impotência funcional. Responde mal ao tratamento, necessitando de longos períodos de tratamento, o que nem sempre
garante sucesso ao final.
Portanto, a única relação que pode existir entre essas duas patologias é que a artrite, se não tratada a tempo, pode agredir demasiadamente a cartilagem, interferindo na sua nutrição, e resultar na necrose da mesma, levando a artrose.
Lembrando sempre que a melhor solução para as artroses é a prevenção, expressa na prática de esportes regularmente e manutenção do peso corpóreo ideal sempre!
Quanto ao tratamento, nas artrites lançamos mão de AINE como Arcoxia ou Prexige, além de gelo local, 20 minutos de 3/3 hs. Podemos ainda utilizar antibióticos quando a provável etiologia for infecciosa. Ja nas artroses, devemos usar os estimuladores de crescimento cartilaginoso, como artrolive ou condroflex, por um período que vai de 3 a 6 meses!

Lesão completa do tendão de Aquilles,

************************************Na porção mio-tendínea, com esgarça~mento complexo das fibras. Lesão já debridada cirurgicamente.
Procedemos com a tenorrafia término-terminal tipo Krakow, com reforço utilizando o tendão do músculo fibular curto. Ferida sob síntese, mostrando restauração da estrutura anatômica.
No dia-a-dia de consultório ortopédico, algumas perguntas são muitas vezes formuladas por nossos pacientes, vitimados por lesões ocorridas quando de práticas esportivas: Doutor, quais as lesões mais frequentes em atletas, qual seu tratamento e seu prognóstico? Volto ainda a jogar?
Pensando nisso, procuro aqui abordar tais temas e responder de forma sucinta a tais perguntas.
As duas lesões mais comuns são: Distensões musculares e lesões tendíneas, que vão desde um processo inflamatório simples, até lesão completa de suas fibras por desgaste excessivo.
Nas distensões musculares, é importante dizer que tais lesões ocorrem quando na fase antagônica da ação muscular, onde ele realiza um contração excêntrica, com alongamento máximo de suas fibras. Isso vai de encontro ao conhecimento médico geral, que até períodos não tão distantes, pensava serem tais patologias resultantes de trauma direto ou em contração concêntrica, na fase ativa.
De acordo com o estresse a que são submetidas, as fibras musculares entram em colapso, podendo sofre rupturas microscópicas, que relacionam-se apenas com os estiramentos, at~e colapso total das mesmas, as chamadas distensões musculares grau III, com ruptura total do ventre muscular.
Como já abordado, podem ser classificadas em graus ( I, II e III), de acordo com características clínicas e radiológicas, também prognósticas.
Grau I: Ruptura parcial e leve de fibras, sem depressão palpável ou visível no contorno anatômico, com leve edema local e dor à digitopressão, porém ainda sem equimose ou hematomas. O prognóstico é bom e seu tratamento baseia-se em crioterapia local, 20 minutos com intervalos mínimos de 3 horas, além de anti-inflamatórios, como Arcoxia, Prexige, Celebra, Nisulid, dentre outros, usados de acordo com indicação e prescrição médicas. A fisioterapia desde as primeiras horas pós-lesão também é imprescindível, com ultrassom pulsátil e eletro-estimulação;
Grau II: Ruptura parcial das fibras, só que agora com depressão visível e palpável, além da presença de hematoma ou equimose. O seu tratamento é praticamente o mesmo, só que por um período maior de recuperação, visto que a cicatrização necessária também é maior;
Grau III: São as mais graves, com ruptura completa do ventre muscular e sinais clínicos bem característicos. A opção de tratamento pode se estender até a necessidade cirúrgica, se necessário for.
Quanto as lesões tendíneas, é muito comum nos depararmos com as tendinites induzidas por esforços de repetição por tempo prolongado, as chamadas LER-DORT, que são tratadas nos mesmos princípios anteriormente descritos. O complicado, nesses casos, é que esses processos inflamatórios de repetição levam o organismo a manter um processo de cicatrização intermitente, onde se tira células danificadas e repõe novas, só que resulta em enfraquecimento estrutural, com calcificação de permeio, sendo essa uma estrutura de carga constante, o que pode resultar em colapso estrutural, com desinserção do osso ou ruptura do tendão, com consequências clínicas graves a médio e longo prazos. Podem resultas de atividades de trabalho, até desportivas, quando deitas de forma inadequada, expondo tais estruturas ao estresse para o qual não estão preparadas.

Artrose, com desgaste cartilaginoso!


********************************************************************Prótese posicionada. Note seus componentes de metal, intercalados com polietileno, o que aumenta sua resistêcia à carga e tensões angulares.
Essa é uma das perguntas mais comuns em meu ambulatório, especializado em patologias do joelho e Medicina desportiva. Parte dessa dúvida reside no medo que qualquer paciente tem em relação ao procedimento cirúrgico, principalmente quanto a anestesia, e aos seus respectivos resultados.
Temos grande parcela de culpa nisso, pois nos ambulatórios pré-operatórios as dúvidas não são devidamente esclarecidas, por meio de videos, artigos e fotos, expondo ao paciente a real situação pela qual passará.
Foi com esse objetivo que resolvi usar esse espaço, como meio de solucionar tais problemas, principalmente no meu meio de trabalho diário!!!
Mas o assunto aqui será o resultado patológico daqueles pacientes que não quiseram operar e que tinham instabilidade ântero-lateral presente, com indicação absoluta para tratamento cirúrgico.
A evolução natural é comparável a um pneu de um carro com suspensão desequilibrada ou desalinhada... gasta de um lado e mantém a normalidade no outro, resultando em inapetência funcional final. O mesmo acontece com nosso joelho, pois a instabilidade resultante da lesão ligamentar faz que haja atrito anormal e sobrecarga entre superfícies articulares, que leva ao desgaste anormal da cartilagem e à tão temida ARTROSE, que nada mais é do que destruição cartilaginosa com exposição do osso subcondral... atrito osso com osso... resultando DOR INTENSA e INCAPACIDADE PARA DEAMBULAÇÃO!!!
Nesses casos, na maioria das vezes, só a prótese total do joelho é a solução... última saída de resolução!!! Cirurgia de salvação!!!
Com a prótese, retiramos cirurgicamente toda a superfície articular do joelho (fêmur distal e tíbia proximal), implantando uma superfície metálica no fêmur e tíbia, com auxílio de cimento especial, intercalados com polietileno, material resistente a choque e carga. Os resultados, guardadas as devidas proporções, é excelente!!!
Mas existem indicações que devem ser seguidas sempre, como idade maior do que 60 anos (salvo para casos de doenças reumáticas pré-existentes, que levam à degradação articular precoce), dor intensa inclusive em repouso, comprometimento grave de 2 ou mais compartimentos do joelho (são 3 ao todo), além de deformidade progressiva com desvio do eixo mecânico de todo o membro inferior analisado.
Uma última consideração é aquela que fala na qualidade do material empregado. Infelizmente nossa indústria nacional ainda não é capaz de produzir uma material de qualidade, fazendo com que ainda tenhamos que recorrer ao material importado, muitas vezes mais caro. É a vida!!!

Lesão meniscal


**********************************Seus exames complementares apontavam para uma lesão do corno anterior do menisco lateral, além de sinovite reacional e lesões condrais pós-traumáticas adjacentes. Não havia lesões ligamentares. Ao saber do mesmo, o Atleta solicitou o encaminhamento para Manaus, afim de que pudesse se submeter ao procedimento cirúrgico em Manaus, com nossa Equipe, conforme indicação de outro paciente outrora operado, o artilheiro Delmo, hoje professor das categorias de base do São Raimundo Esporte Clube. O Atleta foi encaminhado para avaliação pelo Departamento Médico do Clube com tais diagnósticos, sendo que estes foram confirmados quando do procedimento cirúrgico. O mesmo foi submetido a uma artroscopia no joelho D, no Hospital Geral Adriano Jorge, onde procedemos com a sinovectomia ampla, toilete com condroplastia por abrasão das lesões condrais, além de meniscectomia parcial do corno anterior do menisco lateral, já que apresentava lesão radial extensa, com flap extenso e flutuante no ambiente intra-articular.O mesmo já se encontra em tratamento fisioterápico complementar com a Dra. Régia Coelho, Chefe do nosso Setor de Fisioterapia e Especialista em Rehabilitação na Medicina Desportiva, com retorno para a prática desportiva prevista em 2 semanas. Sendo ele um dos mais promissores atletas do futebol amazonense nos últimos anos, esperamos que seu regresso seja repleto de vitórias e conquistas!!! E nós continuamos por aqui... sempre prontos a ajudar no que for possível!!!

Caso clínico em Traumatologia - Joelho Flutuante


****************************************************************************************************Fratura extensa e cominutiva, além de exposta, do fêmur esquerdo.Quando nos deparamos com o dia-a-dia da rotina dos Pronto-socorros de uma cidade com perfil de metrópole, como Manaus, capital do Amazonas, sabemos que a cada segundo novas intercorrências podem nos fazer pensar que há sempre algo inédito a ser estudado e aprendido e, aliás, foi com esse intuito que tive a idéia de originar esse Blog.
Hoje discutiremos sobre uma situação não tão rara, porém de notória relevância pra formação daqueles que gostam de sentir o friozinho na barriga característico de quem labuta nos Serviços de Urgência e Emergência... o Joelho Flutuante!!! Trata-se de uma trauma ortopédico, resultante de mecanismo de ação com altíssima energia, e que resulta na perda de continuidade entre duas superfícies ósseas (lembrem do conceito na aula de fraturas?) , mais precisamente localizadas no fêmur (osso da coxa) e tíbia (osso da perna), o que faz com que o joelho fique solto, instável.
A abordagem é a mesma de sempre para traumas com alta energia, seguindo o ABCDE da ATLS, seguidos da conduta especializada, que depende do perfil das fraturas, sejam elas expostas ou fechadas, cominutivas ou com traço simples.
No caso abordado aqui, temos uma situação onde a fratura do fêmur foi exposta (quando há comunicação do hematoma fraturário com o meio externo) e a da tíbia foi fechada, porém acompanhada da fratura da fíbula, resultando em maior instabilidade.
Nesse caso em particular, obedecendo os critérios de controle dos danos, procedemos com a fixação externa de amabas as fraturas, sendo que a do fêmur, que tinha uma ferida de apenas 0,5 cm, foi ampliada e tratada exaustivamente com irrigação e debridamento cirúrgicos. Tal conduta se explica quando imaginamos que a estabilização relativa obtida pelos fixadores em questão, trará ao paciente e à equipe de enfermagem maior conforto para manipulação do doente politraumatizado, além do que fará com que o risco de comorbidades, como tromboembolismo e síndrome compartimental, seja bem menor!!!

Osteotomias que emglobal as patologias do joelho

************************************************************************************************************************************************************************************************Posicionamento dos fios-guia para osteotomia corretiva de acordo com a posição da placa.
Esse é, sem dúvida, um dos mais importantes tópicos a serem abordados dentro das cirurgias do Joelho, uma vez que sua ocorrência não é das mais raras, resultando em grandes dúvidas nos pacientes que a elas se submeterão.Grande parte dos e-mails que recebo diariamente diz respeito a essas dúvidas, oriundos do Brasil inteiro, e é por isso que escolhemos tal assunto para nossa postagem de hoje.A primeira distinção a ser feita diz respeito ao elo existente entre sua indicação e as artroplastias, sejam estas parciais ou totais. A dúvida frequente: Doutor, em qual indicação me encaixo, uma vez que apresento esses sintomas? Pensando nisso, dissertaremos abaixo sobre tudo que envolve esses procedimentos.Quando analisamos um paciente, o primeiro passo após um exame físico cuidadoso é a medida feita em uma radiografia panorâmica do membro inferior, com posterior traçado de uma linha que vai do centro da cabeça do fêmur até o centro da articulação tíbio-talar. Um joelho pode apresentar desvios desse eixo de carga tanto para medial (geno varo) quanto para lateral (geno valgo). Isso reflete que a carga do eixo axial do corpo será maior em determinado ponto que em outro, havendo um desequilíbrio que resulta em sobrecarga e degeneração das estruturas envolvidas (meniscos, cartilagem, ligamentos...). Compare isso tudo com a suspensão de um carro desalinhada, resultando em danos aos pneus, tripóides, discos de freio e embreagem, dentre outros. uma bagunça. Nesse caso, a comparação é verdadeira.Portanto, imaginem que um desvio para dentro do joelho (valgo) leva a sobrecarga na parte lateral do joelho e a correção passa por um corte no fêmur distal (osso da coxa) trazendo o joelho um pouco para fora (varo) corrigindo as forças. Chamamos essa de osteotomia varizante do fèmur. Do contrário, se o joelho é torto para fora (varo - mais comum), a sobrecarga incide sobre a parte de dentro (medial) do joelho, e a correção será com um corte na tíbia proximal (osso principal da pena, uma vez que há também a fíbula), trazendo o joelho para dentro. Essa é a osteotomia valgizante da tíbia.As correções do eixo devem ser criteriosas e muito bem planejadas. O quanto de correção em milímetros e graus deve ser predeterminado por um cirurgião experiente e conhecedor da técnica, uma vez que apesar de parecer não é um procedimento fácil de realizar.
Quando existirem lesões ligamentares ou meniscais concomitantes, as mesmas podem ser tratadas no mesmo tempo cirúrgico ou em etapas subsequentes, sempre começando pela correção desse tão importante eixo. A sequencia de realização seria: osteotomia - Reconstruções ligamentares do pivô central (LCA e LCP) - reconstruções dos estabilizadores adjacentes (LCL, LCM, complexo arqueado, capsula, tracto iliotibial e outros).
Esse corte ósseo é iniciado com uma serra elétrica de rotação moderda para evitar necrose óssea, e terminada com osteótomos manuais até que se crie um fulcro contralateral sem romper a cortical oposta. Tal procedimento leva`a correção, que é mantida por placas e parafusos, atualmente cada vez mais avançados e precisos, pemitindo uma recuperação mais tranquila, com marcha precoce e menor agressão a partes moles, pelo implante (minimamente invasivas e de baixo contao periostal) .
Com base em tudo que foi exposto, quando isso tudo não basta e já há grande desgaste articular instituído, com lesão cartilaginosa severa, levando a exposição e por vezes impacção do osso subcondral, em 2 ou 3 compartimentos do joelho, com graus avançados de varismo ou valgismo, além de dor intensa, inclusive em repouso, estamos de frente com a indicação de salvação para uma articulação altamente danificada, a prótese de joelho, já abordada nesse Blog em épocas anteriores. Esses casos são aqueles em que muito tempo se passou sem nada ser feito!!!
Tudo deve ser avaliado por seu médico ortopedista e o tratamento instituído, de acordo com suas manifestações clínicas. Agora lembre sempre... sua ajuda na recuperação é fundamental, seja em que procedimento cirúrgico for!!!